
Nesta segunda-feira, 14 de abril de 2025, os mercados da Ásia e da Europa registraram um dia de forte alta, impulsionados por um novo recuo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à política de tarifas comerciais. A principal medida que animou os investidores foi a isenção de tarifas sobre smartphones e computadores importados da China — uma mudança importante dentro do conjunto de tarifas “recíprocas” anunciadas anteriormente pelo ex-presidente.
Avanço dos papéis de tecnologia impulsiona bolsas na Ásia
As ações das principais bolsas asiáticas encerraram o dia em alta. Em especial, os mercados da China continental e de Hong Kong se destacaram. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu impulsionado pelas ações de grandes empresas de tecnologia como Tencent, Alibaba e Xiaomi. Já na China, o índice de Xangai também teve valorização, refletindo o otimismo de que a medida dos EUA possa aliviar as tensões comerciais e beneficiar o setor tecnológico chinês.
Analistas destacam que, ao isentar produtos como smartphones e laptops das tarifas, a Casa Branca sinaliza uma tentativa de evitar o aumento dos preços para os consumidores norte-americanos e também de reduzir o impacto negativo sobre empresas dos EUA que dependem de componentes chineses.
Europa acompanha o ritmo e fecha em alta
Na Europa, os principais índices também operaram em território positivo. O índice alemão DAX, o francês CAC 40 e o FTSE 100 do Reino Unido fecharam em alta, refletindo a melhora no humor global. A decisão dos EUA foi vista por investidores europeus como um sinal de que a tensão comercial global pode estar caminhando para uma fase de maior diálogo e menor confronto.
Empresas do setor de tecnologia e de bens de consumo lideraram os ganhos nos mercados europeus. Além disso, ações de companhias exportadoras se beneficiaram da expectativa de maior estabilidade nas cadeias globais de suprimentos.
Expectativa nos mercados
A mudança de tom por parte de Trump ocorre em um momento sensível, às vésperas de discussões econômicas no G7 e com os Estados Unidos enfrentando pressão interna para reduzir o impacto das tarifas sobre a economia doméstica.
Especialistas apontam que, embora essa isenção traga alívio imediato para alguns setores, a situação comercial entre EUA e China ainda é instável e pode voltar a gerar volatilidade nos mercados a qualquer momento.
