
Jornais do Peru condenam asilo de ex-primeira-dama Nadine Heredia concedido pelo Brasil: Corruptos se protegem.
O asilo concedido pelo Brasil à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, gerou forte repercussão na imprensa peruana, com críticas contundentes por parte de diversos veículos de comunicação do país. Manchetes como “Corruptos se protegem” e acusações de “asilo irregular” demonstram o descontentamento e a suspeita de que o gesto do governo brasileiro tenha motivações políticas ou seja uma tentativa de proteção a figuras envolvidas em escândalos de corrupção.
Nadine Heredia, esposa do ex-presidente Ollanta Humala, é investigada por envolvimento em casos ligados à Lava Jato e outros esquemas de corrupção, incluindo suposto financiamento ilegal de campanhas políticas. Apesar de não haver uma condenação definitiva, ela enfrenta processos e medidas judiciais no Peru.
A decisão do Brasil de conceder o asilo diplomático pode ser vista, do ponto de vista jurídico, como uma prerrogativa soberana, especialmente se considerar que o país entende que há risco à integridade física ou perseguição política. No entanto, do ponto de vista da política interna do Peru, essa atitude é vista como interferência ou até um desrespeito ao seu sistema de Justiça.
A tensão diplomática entre os países pode se agravar, e essa decisão pode ainda ser levada à OEA (Organização dos Estados Americanos) ou gerar protestos formais por parte do governo peruano.
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Conflito Diplomático sobre Extradição
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está no centro de uma tensão diplomática entre o Brasil e a Espanha, por conta de uma decisão recente da Justiça espanhola que negou a extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio Filho.
A negativa da Justiça espanhola em extraditar Oswaldo Eustáquio Filho, ativista bolsonarista acusado no Brasil de envolvimento em atos antidemocráticos, gerou atritos entre os dois países. A Espanha alegou que os crimes imputados a Eustáquio têm motivação política, o que inviabiliza a extradição segundo o tratado bilateral. Em resposta, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, suspendeu um processo de extradição solicitado pela Espanha e exigiu explicações diplomáticas.
Problemas com Estados Unidos
O Brasil tem adotado uma política externa pragmática e equilibrada entre China e Estados Unidos, buscando maximizar seus interesses econômicos e estratégicos sem se alinhar exclusivamente a nenhuma das potências.
O Brasil tem fortalecido seus laços com a China, seu principal parceiro comercial. Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil em novembro de 2024, foram assinados mais de 40 acordos de cooperação, abrangendo setores como agricultura, energia, inteligência artificial e mineração verde. Esses acordos visam intensificar as relações comerciais, que já somam cerca de 150 bilhões de dólares anuais .
Além disso, o Brasil tem participado de exercícios militares conjuntos com a China, como a Operação Formosa 2024, que contou também com a presença de soldados dos Estados Unidos e de outros países. Essa participação reflete a política externa pragmática do Brasil e seu desejo de mediar na comunidade internacional, buscando um equilíbrio entre as superpotências.
Apesar da aproximação com a China, o Brasil tem evitado ações que possam ser interpretadas como um afastamento dos Estados Unidos. Por exemplo, o país ainda não aderiu formalmente à Iniciativa Cinturão e Rota (Nova Rota da Seda) da China. Essa decisão é influenciada por uma hesitação do Itamaraty, questionamentos sobre as vantagens da iniciativa e a possível reação dos EUA.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não busca confrontar os Estados Unidos e que cobrará contrapartidas dos chineses para formalizar qualquer adesão ao projeto global de infraestrutura.
